Estudante brasileira vende sua virgindade pela internet por mais de R$ 1,5 milhão
Catarina Migliorini, de 20 anos, recebeu 15 lances. Natsu venceu a concorrência dos licitantes americanos Jack Miller e Jack Right e do indiano Rudra Chatterjee.No último dia 24, uma estudante brasileira vendeu sua virgindade em um leilão online por US$ 780.000 (mais de R$ 1,5 milhão) para um japonês chamado Natsu.
O leilão ocorreu em um site chamado Virgins Wanted (algo como “procura-se virgens”). A estudante de educação física, natural de Itapema, em Santa Catarina, está agora na Austrália, onde vai participar da gravação de um documentário de mesmo nome sobre a venda de sua virgindade.
Já deu para imaginar a polêmica que a garota causou, sendo chamada para alguns de “um pouco mais do que uma prostituta”.
Catarina se defendeu dizendo que “se você só faz uma vez na sua vida, então você não é uma prostituta, como se você tirar uma fotografia incrível, não significa automaticamente que você um fotógrafo”.
Já para outros, uma vez é mais do que o suficiente, como uma pessoa que mata outra apenas uma vez é um assassino.
Controvérsias à parte, ela justificou sua participação nesse “projeto” dizendo que o viu como um negócio. “Eu tenho a oportunidade de viajar, de fazer parte de um filme e receber um bônus”, contou. “O leilão é apenas um negócio, eu sou uma menina romântica e acredito no amor”, ela disse ao jornal Folha de São Paulo.
O dinheiro do leilão vai ir todo para ela (depositado em sua conta antes do dia que deve perder a virgindade). Anteriormente, ela tinha falado queria reinvesti-lo – 90% do preço final do leilão de venda – em uma organização não governamental que irá construir casas modernas para famílias pobres em Santa Catarina.
O projeto
Catarina Migliorini se inscreveu em um concurso há dois anos para o projeto de documentário da Thomas Williams Productions, que estava procurando uma virgem. Logo, ela foi chamada pelo produtor australiano Justin Sisely para fazer um teste em vídeo. Na época com 18 anos, ela foi a escolhida para participar do projeto.
As filmagens do documentário começaram há cerca de um mês. O vídeo vai registrar a história da jovem e seus preparativos para o leilão, até o dia em que deve perder a virgindade. O documentário ainda não tem previsão de lançamento.
Catarina deve ser “entregue” ao seu comprador a bordo de um avião entre a Austrália e os EUA. Ela deve ser entrevistada antes e depois do ato sexual, mas a relação em si não será filmada e Natsu deve manter seu direito de permanecer anônimo.
De acordo com o regulamento, a primeira noite de Catarina está prevista para ocorrer 10 dias depois do fim do leilão, o que cairia no dia 3 de novembro, mas por enquanto não há certezas.
Entre as regras que devem ser obedecidas pelo ganhador, está o uso de camisinha. “Ele também não pode me beijar, não pode realizar nenhuma fantasia nem fetiche, nem usar nenhum brinquedo”, explicou Catarina ao portal G1.
Natsu vai ser testado para doenças sexualmente transmissíveis antes do encontro. Catarina também explicou que está preparada para provar a todos os céticos de que ela nunca fez sexo antes.
Curiosamente, um virgem chamado Alexander, que também está sendo seguido pelo documentário do diretor Justin Selsey, foi vendido por US$ 3.000 (cerca de R$ 6 mil) a uma mulher brasileira identificada como Nene B.
“Garota de programa”?
Catarina informou que não está incomodada com a repercussão do seu caso (que foi internacional). Ela afirmou que tinha certeza de que 90% das pessoas iriam fazer críticas negativas e isso não lhe abalou.
Quanto à reação de seus pais, ela disse em entrevista ao G1 que sente que a mãe dela já não está mais tão apreensiva ou nervosa, e que elas conversam diariamente. Já o pai não fala sobre esse assunto e ela respeita seu direito de permanecer calado.
Por fim, Catarina “atacou” um pouco as pessoas que a chamaram de “garota de programa”.
Apesar de dizer que não se importava, ela afirmou que há muito preconceito em torno desse termo e explicitou sua opinião de que essa é uma profissão antiga e deveria ser legalizada e respeitada, porque “todo ser humano merece respeito, independente de qualquer coisa”.
Depois, alfinetou o que ela chamou de “outras modalidades que se enquadram perfeitamente dentro desse contexto chamado ‘prostituição’ e que muitos fingem não perceber”, como sexo sem afeto, sexo em troca de favores profissionais ou informações, fotos mostrando as partes íntimas do corpo, casamentos por interesse econômico, etc.
“Eu não estou querendo justificar nada, cada um é livre para fazer as suas próprias escolhas, mas tudo isso são fatos. Para aqueles que me comparam a uma garota de programa eu devo dizer que isso não me afeta em nada. Na Grécia Antiga, as prostitutas eram tidas como sagradas, eram inteligentes, cultas, ricas e bonitas e apenas elas podiam participar das reuniões com intelectuais e dar opiniões no Senado. Quem tem moral sobrando deveria leiloar também”, discursou Catarina ao G1.
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