terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lá está ela




“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva boias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

Bem ou mal



Um dia, quando eu era calouro na escola, vi um garoto de minha sala
caminhando para casa depois da aula.


Seu nome era Kyle.
Parecia que ele estava carregando todos os seus livros.

Eu pensei:

'Por que alguém iria levar para casa todos os seus livros numa
Sexta-Feira?
Ele deve ser mesmo um C.D.F'!

O meu final de semana estava planejado (festas e um jogo de futebol
com meus amigos Sábado à tarde), então dei de ombros e segui o meu caminho..

Conforme ia caminhando, vi um grupo de garotos correndo em direção
a Kyle.

Eles o atropelaram, arrancando todos os livros de seus braços,
empurrando-o de forma que ele caiu no chão.

Seus óculos voaram e eu os vi aterrissarem na grama há alguns metros de onde ele estava. Kyle ergueu o rosto e eu vi uma terrível tristeza em seus olhos.


Meu coração penalizou-se! Corri até o colega, enquanto ele engatinhava procurando por seus óculos.

Pude ver uma lágrima em seus olhos. Enquanto eu lhe entregava os óculos,
disse: 'Aqueles caras são uns idiotas! Eles realmente deviam arrumar uma
vida própria'. Kyle olhou-me nos olhos e disse: 'Hei, obrigado'!

Havia um grande sorriso em sua face. Era um daqueles sorrisos querealmente
mostram gratidão. Eu o ajudei a apanhar seus livros e perguntei onde ele morava.

Por coincidência ele morava perto da minha casa, mas não havíamos nos visto
antes, porque ele freqüentava uma escola particular.

Conversamos por todo o caminho de volta para casa e eu carreguei seus
livros. Ele se revelou um garoto bem legal.

Perguntei se ele queria jogar futebol no Sábado comigo e meus
amigos. Ele disse que sim. Ficamos juntos por todo o final de semana e quanto
mais eu conhecia Kyle, mais gostava dele.

Meus amigos pensavam da mesma forma.

Chegou a Segunda-Feira e lá estava o Kyle com aquela quantidade
imensa de livros outra vez! Eu o parei e disse:

'Diabos, rapaz, você vai ficar realmente musculoso carregando essa
pilha de livros assim todos os dias!'.

Ele simplesmente riu e me entregou metade dos livros. Nos quatro
anos seguintes, Kyle e eu nos tornamos mais amigos, mais unidos. Quando
estávamos nos formando começamos a pensar em Faculdade.

Kyle decidiu ir para Georgetown e eu para a Duke. Eu sabia que
seríamos sempre amigos, que a distância nunca seria problema. Ele seria
médico e eu ia tentar uma bolsa escolar no time de futebol. Kyle era o orador
oficial de nossa turma. Eu o provocava o tempo todo sobre ele ser um C..D.F.

Ele teve que preparar um discurso de formatura e eu estava super
contente por não ser eu quem deveria subir no palanque e discursar.

No dia da Formatura Kyle estava ótimo.

Era um daqueles caras que realmente se encontram durante a escola.
Estava mais encorpado e realmente tinha uma boa aparência, mesmo usando
óculos.

Ele saía com mais garotas do que eu e todas as meninas o adoravam!
Às vezes eu até ficava com inveja.

Hoje era um daqueles dias. Eu podia ver o quanto ele estava nervoso
sobre o discurso. Então, dei-lhe um tapinha nas costas e disse: 'Ei,
garotão, você vai se sair bem!'

Ele olhou para mim com aquele olhar de gratidão, sorriu e disse:

-'Valeu'!

Quando ele subiu no oratório, limpou a garganta e começou o
discurso:

'A Formatura é uma época para agradecermos àqueles que nos ajudaram
durante estes anos duros. Seus pais, professores, irmãos, talvez até um
treinador, mas principalmente aos seus amigos. Eu estou aqui para lhes dizer
que ser um amigo para alguém, é o melhor presente que você pode lhes dar.Vou
contar-lhes uma história:'

Eu olhei para o meu amigo sem conseguir acreditar enquanto ele
contava a história sobre o primeiro dia em que nos conhecemos. Ele havia
planejado se matar naquele final de semana! Contou a todos como havia esvaziado
seu armário na escola, para que sua Mãe não tivesse que fazer isso
depois que ele morresse e estava levando todas as suas coisas para casa.

Ele olhou diretamente nos meus olhos e deu um pequeno sorriso.

'Felizmente, meu amigo me salvou de fazer algo inominável!' Eu
observava o nó na garganta de todos na platéia enquanto aquele rapaz popular e
bonito contava a todos sobre aquele seu momento de fraqueza.

Vi sua mãe e seu pai olhando para mim e sorrindo com a mesma
gratidão.

Até aquele momento eu jamais havia me dado conta da profundidade do
sorriso que ele me deu naquele dia.

Nunca subestime o poder de suas ações. Com um pequeno gesto você
pode mudar a vida de uma pessoa. Para melhor ou para pior.
Deus nos coloca na vida dos outros para que tenhamos um impacto,
uns sobre o outro de alguma forma.

PROCURE O BEM NOS OUTROS!


Vida alheia


Preste atenção: os problemas dos outros também podem ser seus


Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua mulher abrindo um pacote. pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira. foi para o pátio da fazenda advertindo a todos: “tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa.”
a galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:
– desculpe-me sr. rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
o rato repetiu a história ao porco.
– desculpe-me sr. rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
o rato dirigiu-se à vaca e repetiu a história.
– o que sr. rato? uma ratoeira? por acaso estou em perigo? acho que não!
então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. a mulher do fazendeiro correu para ver o que havia. no escuro, ela não viu que a ratoeira prendeu a cauda de uma cobra venenosa. a cobra picou a mulher. o fazendeiro levou-a imediatamente ao hospital. ela voltou com febre. todo mundo sabe que, para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. o fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. para alimentá- los, o fazendeiro matou o porco. como a mulher não melhorou, muitas pessoas vieram visitá-la. o fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar toda aquela gente.
na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se: quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.
(autor desconhecido)

Imagens maravilhosas