terça-feira, 23 de abril de 2013

Erotika Fair: conheça as novidades mais quentes do mercado erótico



Conheça os principais lançamentos apresentados durante a 20º Erotika Fair que reuniu as principais novidades do setor.



20º Erotika Fair reuniu as principais novidades do mercado erótico / Foto: Thiago Marzano
20º Erotika Fair reuniu as principais novidades do mercado erótico / Foto: Thiago Marzano






























Da REDAÇÃO
Um despertador que vibra na calcinha, uma bebida afrodisíaca e um simulador de sexo oral são algumas das novidades apresentadas durante a 20º edição daErotika Fair. O maior encontro do mercado erótico, realizado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, ocorreu entre os dias 04 e 07 de abril. A modelo paraguaia Larissa Riquelme, conhecida durante a Copa do Mundo de 2010 por torcer com um celular entre os seios, foi uma das atrações da feira.
Marcas tradicionais do setor como LELO, Milli, Hot Flowers e Loja do Prazer apresentaram seus principais lançamentos durante o evento. Um kit de pole dance, uma máquina que vende acessórios eróticos e um óleo de massagem à base de caviar são novidades. Mas figurinhas carimbadas como géis, velas comestíveis, fantasias, anéis penianos em diversos formatos e intensidades de vibração, entre outros produtos, também podiam ser encontrados pelos estandes.
Mulheres são as que mais compram mais produtos eróticos
Os dados sobre o setor, divulgados por Paula Abeme, presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), apontam para um crescimento de 12% nas vendas do setor em 2012. Esse desempenho, explicou a associação, tem relação direta com as vendas realizadas porta a porta. Aproximadamente 85 mil consultores no setor são os responsáveis por agregar novos consumidores ao segmento em especial na classe C.
E são as mulheres as que mais compram esses produtos. Nas vendas feitas por consultores do sistema porta a porta, as mulheres representam 88% do total de consumidores (12% são homens). Já quando as vendas acontecem nos sex shops tradicionais, a presença masculina é maior do que na venda direta com 35%, mas as mulheres ainda são dominantes entre esses clientes com 65% das vendas. No caso das compras pela internet, 60% são feitas por elas, 30% por eles e 10% não mencionam o sexo na hora de fechar o negócio.
A presidente da Abeme explicou que o mercado é movimentado por pessoas que buscam novas sensações nos relacionamentos e impulsionado pelo sucesso de filmes como “De pernas por ar 2” e também por causa da trilogia erótica “Cinquenta tons de cinza”. Segundo a associação, o produto erótico preferido do homem brasileiro é o lubrificante para sexo anal, enquanto os géis funcionais são o item mais pedido pelas mulheres.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Origem da Chapinha



A chapinha disciplina os cabelos rebeldes.
O que anda fazendo a cabeça da mulherada é a moda dos cabelos lisos, mas para conseguir esse feito precisam aderir ao uso da chapinha, também conhecida como “piastra”.
Engana-se quem pensa que essa moda é atual, essa mania existe há tempos. 
Antigamente, para conseguir o efeito liso, as mulheres pegavam a cabeleira crespa e passavam banha de porco, sebo e óleo de peixe. Já no século 18, a tática era outra, lavava-se os cabelos com éter e ácido sulfúrico diluído em água. Com o passar do tempo as técnicas foram evoluindo, tanto que, no século 19, as melenas eram domadas com a ação do calor, com toalhas molhadas em água fervente e barras de ferro aquecidas em carvão. Já no século 20 descobriu-se que a temperatura de 100ºC faz com que o hidrogênio presente nos fios de cabelo evapore, deixando-os com o aspecto liso. A partir desse princípio diversas invenções foram surgindo, uma mais inusitada e com maior precisão do que a outra.

O protótipo da atual chapinha foi criado pelo engenheiro norte-americano Isaak K. Shero, chamando sua criação de flat iron. Mas a moda de alisar os cabelos com esse tipo de equipamento só fez a cabeça da mulherada após 20 anos, em Paris, com o primeiro modelador de cabelos. Segundo alguns pesquisadores, esse aparelho tinha a aparência de uma pinça gigante e era aquecido no fogareiro, as mulheres testavam a temperatura até alcançar uma que proporcionasse o efeito liso.
As chapinhas elétricas surgiram na década de 80, e essa invenção logo virou febre entre as mulheres que possuíam certo poder aquisitivo. Atualmente, a conhecida chapinha tornou-se acessível a todas as classes sociais, tendo preços e qualidades diferentes, as mais cobiçadas são as de cerâmica e de infravermelho, pois proporcionam um efeito mais duradouro e mais natural. O efeito da chapinha é totalmente reversível, basta expor o cabelo à umidade que ele volta ao natural. Deve-se tomar algumas precauções quanto ao uso de chapinhas, pois a utilização excessiva desse recurso prejudica os cabelos, enfraquecendo-os.


Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 28 de março de 2013

Por que Coelho da Páscoa


História da Páscoa


Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas. 
Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.
No português, como em muitas outras línguas, a palavra Páscoa origina-se do hebraico Pessach. Os espanhóis chamam a festa de Pascua, os italianos de Pasqua e os franceses de Pâques. 


Os símbolos da Páscoa

Nas últimas cinco décadas a humanidade se transformou. O capitalismo tomou conta do mundo e transformou tudo (ou quase tudo) em fonte de capital, de lucro, de consumo. Assim as festas - grande parte de caráter religioso - se tornaram ocasião de um consumo maior. Entre elas temos o Natal, Páscoa, dia das mães, dia dos pais e até o dia das crianças.
Com a profanização, esses eventos perderam seus sentidos originais, humanos, familiares e religiosos. E hoje a riqueza simbólica das celebrações muitas vezes não passa de coisas engraçadas, incomuns e sem sentido. Por isso, o propósito deste artigo é tentar resgatar um pouco o sentido das coisas, das festas e celebrações e, simultaneamente, refletir sobre o sentido da vida humana.


Os ovos de páscoa

Ovos de páscoa
Na antigüidade os egípcios e persas costumavam tingir ovos com cores da primavera e presentear os amigos. Para os povos antigos o ovo simbolizava o nascimento. Por isso, os persas acreditavam que a Terra nascera de um ovo gigante.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.
Os ovos não eram comestíveis, como se conhece hoje. Era mais um presente original simbolizando a ressurreição como início de uma vida nova. A própria natureza, nestes países, renascia florida e verdejante após um rigoroso inverno.
Em alguns lugares as crianças montam seus próprios ninhos e acreditam que o coelhinho da Páscoa coloca seus ovinhos. Em outros, as crianças procuram os ovinhos escondidos pela casa, como acontece nos Estados Unidos.
Antigamente, me lembro, há mais de 20 anos, o costume era enfeitar e pintar ovos de galinha, sem gema e clara, e recheá-los com amendoim revestido com açúcar e chocolate. Os ovos de Páscoa, como conhecemos hoje (de chocolate), era produto caro e pouco abundante.
De qualquer forma o ovo em si simboliza a vida imanente, oculta, misteriosa que está por desabrochar.
A Páscoa é a festa magna da cristandade e por ela celebramos a ressurreição de Jesus, sua vitória, sua morte e a desesperança (Rm 6.9). É a festa da nova vida, a vida em Cristo ressuscitado. Por Cristo somos participantes dessa nova vida (Rm 6.5). 


O chocolate

Essa história tem seu início com as civilizações dos Maias e Astecas, que consideravam o chocolate como algo sagrado, tal qual o ouro. Os astecas usavam-no como moeda.
Na Europa aparece a partir do século XVI, tornando-se popular rapidamente. Era uma mistura de sementes de cacau torradas e trituradas, depois juntada com água, mel e farinha. O chocolate, na história, foi consumido como bebida. Era considerado como alimento afrodisíaco e dava vigor. Por isso, era reservado, em muitos lugares, aos governantes e soldados. Os bombons e ovos, como conhecemos, surgem no século XX.
Autoria: Rogério do Carmo Vieira

História da Páscoa

coelho da páscoa

A história da Páscoa é rica de aspectos religiosos e simbologias

Desde a antiguidade, a Páscoa é a festa mais importante da cristandade, a primeira a ser festejada por toda a Igreja, ainda no século II, num momento em que mesmo as regras básicas do credo cristão não estavam estabelecidas.


Primeiramente, uma questão que sempre me coloquei é: por que Jesus nasce sempre no mesmo dia do ano - 25 de dezembro - e "morre" todo ano num dia diferente? Isto pode ser respondido se pensarmos na origem da data escolhida para a Páscoa.

Cristo, seguindo o calendário judaico, no momento de sua prisão e flagelo, estava em Jerusalém com seus apóstolos exatamente para festejar a pessach, a "Páscoa" judaica, entre os dias 14 e 17 do mês judeu Nissan. Assim, sabemos que para conhecer a data exata da paixão de Cristo devemos nos remeter ao calendário judeu, lunar, isto é, com meses de 28 dias e que este calendário teve de ser associado ao cristão, solar, sendo que ambos, no início de nossa era ainda não tinham sido organizados e cada região tinha suas regras para contar o tempo.

Inicialmente, os fiéis não sabiam se deveriam festejar a santa ceia, a morte de Cristo ou sua ressurreição, cada membro da Igreja festejava numa data. Os cristãos da Ásia Menor seguiam a pessach entre o 14 e 15 Nissan e Roma festejava o domingo 17 Nissan, dia da ressurreição. Apenas com o Concílio de Niceia, em 325, que os eruditos de Alexandria, grande centro de astronomia da época, foram incumbidos de decidir a data da Páscoa para toda a cristandade e anunciar a mesma todos os anos no dia da epifania, 6 de janeiro. Esta data foi definida de acordo com as variações lunares e, por conseguinte a pessach, mas ao invés de se comemorar a crucificação ou a santa ceia, decide-se que a Páscoa será comemorada no domingo que segue a primeira lua cheia após o equinócio da primavera, momento da ressurreição.

A própria palavra Páscoa deriva do termo judaico pessach, que quer dizer passagem, utilizado pela primeira vez no Êxodo 12,11 referindo-se ao momento em que Deus salva o povo de Israel na noite que precede a fuga do Egito, sendo a passagem da escravidão para a liberdade.


Se pensarmos na palavra Páscoa em outras línguas tais como alemão - Ostern - ou inglês - Easter - veremos que ela tem outra origem, estando associada ao nome do local do nascer do Sol Ost e East respectivamente e em português, leste. Esta associação do nascer do Sol com a Páscoa é fundamental para o significado da festa, sobretudo ao pensarmos que todo o calendário foi realizado no hemisfério norte e que o ponto de partida para a contagem da Páscoa é o equinócio de primavera, isto é, a volta do Sol após um longo inverno.

Desde a Idade Média a Páscoa é festejada como sendo a volta da luz. As Igrejas se iluminavam na madrugada de domingo e todas as casas deveriam acender velas, o que é contado de forma impressionante por Santo Agostinho ao ver as luzes de Hipona.

Esta comemoração associa, então, dois aspectos: a ideia de ressurreição tanto de Cristo quanto do Sol e uma vitória da luz sobre as trevas por meio da destruição da morte, sendo que ambas nada mais são do que uma passagem para outra vida.


Ovo: símbolo da vida

O ovo, geralmente branco e frágil, é, de forma geral, uma metáfora para esta nova vida, ele é o símbolo do germe, encarna todo o conteúdo de uma vida numa simples casquinha, é o um que se divide passando pela metamorfose que cria o pintinho que consegue sair da sua casca, sendo um símbolo da transmutação e do renascimento. É desta forma que, para o cristianismo, Jesus é comparado ao pintinho que sai da sua casca, assim como Cristo saiu do Santo Sepulcro, sendo que a cor branca representa a pureza e a perfeição.

Do simbólico para o cotidiano, durante os 40 dias que precedem o domingo de Páscoa os fiéis estavam proibidos de consumir carnes e ovos. No entanto as galinhas, que não conheciam esta interdição, continuavam a pôr seus ovos normalmente, o que fazia com que os cristãos ficassem com muitos ovos sem poder comê-los. Para não desperdiçá-los surge, no século XII, a tradição de decorar as cascas dos ovos e oferecê-los como presente.


Conta-se que o rei Eduardo I da Inglaterra, em 1307, teria distribuído 450 ovos pintados aos membros da família real. Esta ideia acabará se desenvolvendo e ovos esculpidos em madeira são oferecidos ao rei, a família real russa começa a consumir ovos de Páscoa feitos pelo joalheiro Fabergé e os doceiros vão começar a fazer ovos em açúcar, chocolate e torrone para as crianças.

Muito provavelmente o uso do chocolate para ovos de Páscoa difundiu-se a partir da década de 50, pois, com o aumento da industrialização do chocolate, há um barateamento deste produto que antes era apenas acessível às classes mais elevadas. Além disso, pela sua fácil manipulação, o chocolate pode ser moldado o que facilita o trabalho para quem deseja fazer um ovo decorado, sendo muito mais simples do que retirar o conteúdo interno de um verdadeiro ovo para depois decorá-lo.


Coelho, não. Lebre de Páscoa

Para não falar de ovos sem falar de quem os traz, temos que contar que historicamente nunca foi um coelho quem fez este trabalho, mas sim a lebre, que é símbolo de fecundidade e, ao mesmo tempo, por ser indefesa, o símbolo do homem que coloca toda sua confiança em Deus. A associação ovo e lebre da Páscoa sempre teve um caráter fundamental na simbologia da chegada da primavera e este animal foi, desde cedo, confundido com o coelho pela sabedoria popular. A lebre é tão fortemente associada à fecundidade que desde a antiguidade aconselha-se comer carne de lebre para dar fertilidade às mulheres e testículos de lebre para que o bebê fosse um homem.

Ainda sobre os animais, não nos esqueçamos da galinha, um símbolo tradicional da realização dos desejos.

Finalmente, hoje em dia a Páscoa ultrapassou os limites da cristandade e de uma forma ecumênica agrega todos em torno do sabor universal do chocolate.


Matéria elaborada por Cintia Alfieri Gama, doutoranda na École Pratique des Hautes Études em Sorbonne, Paris, docente de História da Gastronomia e Antropologia da Alimentação das Faculdades Metropolitanas Unidas e conselheira científica do Museu do Louvre, na França.


quarta-feira, 20 de março de 2013

A História do Bordado



                        Bordado é basicamente a arte de decorar com figuras, utilizando fio e agulha. O bordado pode ser executado manualmente ou a máquina, a máquina pode ser a tradicional, operada com as mãos e com os pés ou com máquina mais moderna que é computadorizada comandada por um software. Os materiais para bordar e completar o ornamento podem variar e sofisticar, alguns exemplos de materiais são lantejoulas, pedras preciosas e semi-preciosas, que com a criatividade do bordador valorizam a estética da peça decorada.

                        A História mostra, que o bordado originou-se na pré-história, o primeiro ponto utilizado foi o ponto cruz, os nossos ancestrais, que moravam em cavernas, começaram a utilizar a técnica do ponto cruz, com agulhas feitas de ossos e o fio feito de fibras de vegetais ou tripas de animais, eles costuravam as suas vestes, que eram feitas da pele dos animais caçados para alimentação. Estima-se que já naquele tempo as roupas começaram a ser adornadas com bordados, juntamente com artigos de suas casas.
                         O bordado com aplicação, data de tempos remotos, foi encontrado na Russia em um fóssil que tinha suas vestes adornadas com aplicação em grânulos de marfim, com estimativa de data de 30mil anos a.C..
                         Na Bíblia muitas vezes são feitos referências ao bordado. As civilizações antigas que abitaram as margens do rio Eufrates, difudiram muito o bordado. Se prestarmos atenção nos monumentos da Grécia antiga, 2.000 AC à 300 AC veremos que as túnicas das esculturas eram forradas de bordados. No episódio da Guerra de Tróia, entre 1300 AC a 1200 AC, em plena idade dos metáis, fim da Idade do Bronze e início da Idade do Ferro, Homero fala dos bordados de Helena e Andrômaca. O Bordado é referência na música de Chico Buarque de Holanda e Augusto Boal,  em referência a esta época da história, Mulheres de Atenas, (Atenas capital da Grécia) no trecho: 

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados

                                 

               

                                  Os Romanos após a formação do Império, 40 AC a 400, utilizaram-se desta arte para adornar suas vestes e utensílios.

                                   Podemos encontrar belos bordados confeccionados pelas civilizações antigas no Antigo Egito, China, Pérsia, Índia e Inglaterra.


                                   Cada País tem seu estilo de bordar, fruto da sua cultura e do seus valores, reproduzindo a sua tradição, identificando a sua história.

                                   O bordado foi considerado símbolo de riqueza e poder, não menos hoje, quando damos valor a um bordado de grife em uma peça de vestuário.
                                                           
                            O oriente médio aperfeiçoou  e criou técnicas na arte de bordar, que até hoje são utilizadas nos bordados manuais.                        
                             No oriente os imperadores nipônicos do século VII vestiam roupas de seda bordadas com imagens do Sol, da Lua, das estrelas, montanhas e de dragões – design muito semelhante ao do traje dos imperadores chineses.         
                             A partir do século VII, o bordado tornou-se prática comum também no Ocidente. Nos séculos a seguir as abádias e mosteiros começaram a insentivar o bordado e sederam seus espaços para a prática da arte. As damas da corte e as próprias rainhas começaram a dedicar-se ao bordado.
                             Muitas cenas da história foram retratadas em tecidos bordados, temos um exemplo significativo é o "Bayeux Tapestry" , bordado com 231 metros de comprimento que mostra a Batalha de Hastings em 1066
 
Veja a obra de Bayeux com animação, clique abaixo

                                 Começa nesse século o bordado de motivos militares e os que identificam países, regiões, impérios, etc;  escudos, brasões, pendões, armas em diversas cores. Até hoje podemos ver esta prática em fardas, flâmulas, bandeiras, símbolos, etc.
                                 Na Idade Média, período entre fins do século XII e fins do século XV,  existem muitas referências sobre bordados. A Itália teve grande colaboração para difundir o bordado por toda Europa. Com a criatividade o bordado começou a tomar novas formas sendo recortado e rendado, dando origem as rendas. Na Renascença, período do “renascimento” de todas formas de expressão, movimento iniciado na Itália no Século XIV que alcaçou seu auge no Século XVI, influenciando toda Europa o bordado assumiu a condição definitiva de artesanato decorativo. Passou mais ainda a decorar interiores, tapeçarias, estofados, cortinas, etc.

                             Já vivenciando a Idade Moderna século XVI,  encontramos os Bordados em Blackwork, feito por Catarina de Aragão, esposa de Henrique VIII, em 1509, nesta época o bordado era ensinado e restrito às mulheres da corte.

           
                              

                                Mais tarde o bordado espalhou-se pela Europa Ásia e Estados Unidos, e se tornou uma arte popular, eram bordados letras do alfabeto, casas, borboletas, flores e diversos outros motivos que eram assinadas pelo bordador. Na Inglaterra foram encontrados trabalhos do ano de 1598.



                               Nesta época também começaram a ser bordados cenas de pinturas, de temas religiosos, históricos etc. 
                               Então as bordadeiras durante séculos, com agulhas e tecidos copiavam figuras, desenhos de artistas ornamentando toda espécie de vestuário, cama, mesa, banho e toda sorte de peças utilizadas na vida cotidiana de reis e rainhas e do povo em geral. No início do século XVII, surgiram publicações de livros com motivos para bordar animais, árvores, pássaros e flores.

                                   As mulheres do século XVIII valorizavam muito saber bordar, as revistas femininas da época forneciam novas fontes de desenhos para bordar. O bordado começou a dar charme as roupas íntimas.  
                               

                                    Em museus da Europa encontra-se, tecidos bordados que chamados de Sampler que significa Panos de Amostra eram bordados com figuras e letras.  

                                                        
                                    Nesses panos eram bordados versículos Bíblicos e poemas, as bordadeiras utilizavam a arte de bordar letra, um pouco, por a leitura e a escrita ser restrita aos homens.                                                                                   
                                    No século XIX, um sampler de Elizabeth Jacobs de Long-Stones uma bordadeira em ponto cruz do ano de 1882.
                                                                                                                                                                   
                                               Nesta época, desde o século XVIII, o homem tentou mecanizar a costura e por conseguinte o bordado, em 1755 o alemão Charles Weisenthal, tentou patentear uma agulha para uma máquina de costura, mas não funcional. Em 1804 John Scott Duncan  inventou uma máquina de bordar, mas não obteve êxito em sua funcionalidade, outros tentaram até que em 1814 o alfaiate austríaco Josef Madersperger conseguiu inventar e testar uma máquina para costurar e a patenteou.
                                          
                                   O alfaiate francês Barthélemy Thimonnier observando a forma de trabalhar das costureiras de Lyon, que eram rápidas ao costurar utilizando o ponto de cadeia, inventou a máquina abaixo, que foi chamada de Coseuse (cosedeira), fabricada em 1829. A inovação dava 200 pontos por minuto, enquanto manualmente se fazia 30. Este equipamento não foi muito bem aceito por alguns trabalhadores da época, pelo medo do desemprego, destruíram 80 máquinas e o obrigaram o inventor a abandonar Paris.
    
                           Em 1834, o alemão Josué Heilmann criou uma máquina de bordar, esta invenção recebeu Medalha de Ouro e o inventor foi condecorado com a Legião de Honra. 
                                                                                            Josué Heilmann  

                               A primeira máquina de costura a ser comercializada em quantidade foi em 1846 inventada por Elias Howe e aperfeiçoada por John Bradshaw.

                            Em 1850, Isaac Merrit Singer estudando todos os princípios existentes criados pelos inventores, conseguiu uma máquina mais fácil de usar, aperfeiçoou a movimentação da agulha, de cima para baixo e mais a frente adaptou o pedal excluindo a manivela.                            
                   
                         Em 1870 os primeiros teares para bordar, alimentados a mão. Em 1873 Helena Augusta Blanchard Portland inventou a máquina ponto zig-zag. 
                                                                             Helena Augusta Blanchard Portland
                         Com as máquinas de bordar e de costura se aperfeiçoando e se popularizando, no início do século XX o bordado começou a ser mecanizado. Os bordados começaram a ser feitos também em máquina de costura doméstica reta e de pedal. Uma maneira de bordar bastante trabalhosa para o bordador, pois este tem que movimentar bastidores com os braços e a máquina com as pernas para acompanhar a forma das imagens bordadas, causando baixa produtividade.
                                                                      Baiana bordando em máquina de costura reta  
                            A melhoria da produtividade se deu com a máquina de bordar industrial que tinha o ponto em zig-zag. Mas ainda o bordador tem que movimentar o bastidor para acompanhar a forma da figura bordada.
                                                             Máquina de bordar semi-industrial zig-zag

                            Assim o bordado manual e o feito a máquina começam a conviver, no início desse século o XX,  as escolas ensinavam desde a infância a arte de bordar, principalmente para as meninas, para que elas soubessem bordar seus enxovais, era bonito a mulher ter todo seu enxoval bordado, as vezes anos eram passados preparando cada peça do enxoval para o casamento. 
                            Até decada de 50 do século XX, tivemos o bordado em branco em lençóis, toalhas de mesa e lenços. O bordado da Ilha da Madeira, era executado com fio azul claro sobre o tecido branco, muito usado em enxovais.

                              
                                  Bordado em branco                                                             Bordado Ilha da Madeira (Portugal)
                               O bordado de aplicação, em que a figura desejada e moldada em recorte de tecidos coloridos por baixo dos pontos.  

                                                                            Almofada bordada com aplicação
                                  Com a evolução da informática na decada de 80, surgiram a máquinas de bordar eletrônicas profissionais e industriais, integradas com softwares que decodificam as figuras a serem bordadas, aperfeiçoando os bordados, dando qualidade e facilitando o prazer de bordar, aumentado desta maneira a produtividade. Este processo vem se aprimorando à passos largos, acompanhando a evolução da informática com softwares cada vez mais criativos, dando novos horizontes para o mundo maravilhoso dos bordados. Com isso o homens estão se envolvendo cada vez mais com a arte de bordar, desenvolvendo softwares e também na operando máquinas. O bordado cada vez mais se industrializa e a industria de confecção sente-se mais a vontade para agregar valor e utilizar este complemento em série e embelezar as peças do vestuário. 
        
                                
                          Roupa feminina bordada                                                            Máquina de bordar computadorizada
                              Desde os tempos remotos até hoje, no século XXI, o bordado continua com prestígio. Os motivos bordados tem novas inspirações dando nova vitalidade,  enriquecendo decorações de lares, fornecendo identificação a tudo, personalizando vestuário, identificando empresas, clubes com suas logomarcas, enfim qualquer imagem pode ser transformada em bordado, valorizando e embelezando a figura estampada.
                          
                              Muitas vezes olhamos para um bordado e identificamos a empresa dona daquela logomarca? Valorizamos aquela peça, por ter a logomarca bordada de uma grife famosa.
                             Podemos concluir que o homem de posse de agulha e linha e um tecido pode bordar. Se tiver maquinário poderá produzir com mais produtividade, qualidade, e eficiência, podendo se proficionalisar e agregar valor e embelezando as peças bordados, fazendo parte da economia de um País.